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Reunião debateu temas relacionados à empregabilidade de travestis, mulheres e homens transexuais

Atualizado: 19 de mar. de 2019


#PraCegoVer: Alguns dos representantes das dez empresas participantes da reunião. Todos numa sala com carpete azul; atrás das pessoas temos um telão e uma delas segura um banner com logo do Fórum e a frase: seja bem-vindo.

Dia 28 de março, no Instituto Carrefour, o Fórum realizou a primeira Reunião Técnica sobre empregabilidade de travestis, mulheres e homens transexuais.


O encontro reuniu representantes de dez empresas que estão efetivamente contratando, possuem dúvidas e encontraram soluções a serem compartilhadas. No âmbito do Fórum, as empresas convidadas para liderar a conversa foram o Carrefour e a Atento, pelo volume de profissionais trans contratados e pelo posicionamento público a favor de oportunidades iguais no mercado de trabalho e na sociedade.


Também comprometidas com avanços no tema e com profissionais trans trabalhando ou abertas para isso, estavam representantes da AccorHotels, Avon, Dow, IBM, JLL, Multivarejo (GPA) e Sodexo. A IBM, além disso, trouxe a inovação em relação à inserção de benefícios específicos para colaboradores trans e/ou familiares. Representando os escritórios de advogados, que podem contribuir com as empresas que estão avançando no tema, tivemos profissionais da Crivelli Advogados e do Trech Rossi Watanabe.


#PraCegoVer: Mesa com Reinaldo Bulgarelli ao centro e participantes da reunião, ao lado dele. Todos estão sentados e, ao fundo, janelas com persianas.

Com o objetivo de esclarecer dúvidas, estabelecer parâmetros e definir recomendações sobre questões relacionadas à contratação e desenvolvimento de travestis, mulheres e homens transexuais nas empresas, foram definidos 9 temas para debate e aprofundamento durante a reunião:


1. Desenvolvimento de profissionais: Como está sendo feito o investimento na formação de profissionais e quais os resultados?

2. Recrutamento: Como estamos anunciando vagas e divulgando a postura da empresa? Quais os riscos envolvidos? Como as práticas contribuem para efetiva adição de valor?

3. Seleção: Como abordar pessoas transgênero, realizar perguntas que sejam úteis? Quais os riscos envolvidos para empresa e as possibilidades para avançarmos?

4. Contratação: Aspectos legais, legislação, jurisprudência e posicionamento da empresa em relação a cadastro do colaborador, crachá, e-mail, relacionamentos dentro e fora da empresa – nome social e outros aspectos. É necessário realizar censos ou informar nos relatórios para o governo se há trabalhadores/as trans?

5. Saúde: Exame admissional e periódico de travestis, mulheres e homens transexuais. Quais os cuidados específicos com a saúde dessa população que devem ser considerados pelas áreas de saúde?

6. Ambiente físico: A questão dos banheiros e uso de espaços comuns. A questão queer ou de não binários. Como estamos resolvendo conflitos? Quais os riscos envolvidos e posturas recomendadas?

7. Benefícios: Plano de saúde e outros benefícios que possam ter necessidade de abordagem específica. Quais são?

8. Jurídico: As questões acima e outros aspectos a serem considerados com legislações específicas no nível federal, estadual e municipal, atualização das informações após decisão do STF sobre nome e cartórios, entre outras.

9. Relação com stakeholders/públicos: Ambiente de trabalho e relação com clientes – experiências bem-sucedidas, posturas recomendadas, riscos e oportunidades de adição de valor.


Para colaborar nas discussões, tivemos a participação do advogado, doutor em Direito Constitucional e com diversas atuações na área de Direitos Humanos da população LGBT+, Dimitri Sales. Também estava presente Maitê Schneider, idealizadora do TransEmpregos, organização parceira de muitas das empresas com atuação no tema. Alberto Pinto, da Txai Consultoria e Educação, contribuiu também como consultor no projeto Cozinha e Voz, uma iniciativa da OIT e do Ministério Público do Trabalho, com a chef Paola Carosella e parceria da Hotec, Txai e Casa Poema. Thaís Dumêt Faria, Oficial Técnica Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) contribuiu na definição do cenário atual e dos desafios na promoção de direitos iguais para pessoas transgêneros.


Essa foi a primeira grande reunião sobre o tema, mas o grupo irá se reunir mais vezes. Uma das metas é a elaboração de material que irá beneficiar não só as empresas signatárias do Fórum, mas todos engajados ou querendo se engajar na promoção de ambientes de trabalho efetivamente justos, inclusivos e respeitosos para todos e todas.

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